Com a morte do Papa Francisco nesta segunda-feira, 21 de abril, a Igreja Católica entra em um novo e delicado momento de transição: o período da Sé Vacante. O mundo volta os olhos para o Vaticano, onde, em breve, os cardeais eleitores se reunirão para escolher o novo pontífice. E pela primeira vez em muito tempo, o nome mais forte entre os brasileiros para ocupar o trono é o do Arcebispo de Salvador, Dom Sérgio da Rocha.
Dos 138 cardeais com menos de 80 anos que estão aptos a participar do conclave, sete são brasileiros. Entre eles, Dom Sérgio da Rocha se destaca por seu perfil conciliador, formação sólida, experiência pastoral e pela confiança conquistada dentro e fora do Brasil. Atualmente Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Sérgio também já foi Arcebispo de Brasília e presidiu a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Sua trajetória é marcada por diálogo, equilíbrio e uma profunda sensibilidade social.
Além de Dom Sérgio, o Brasil ainda conta com nomes como Dom Leonardo Ulrich Steiner, Arcebispo de Manaus, indicado por Francisco em 2019 e com forte atuação na Amazônia; Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, já mencionado em conclaves anteriores; e outros nomes de relevância como Dom Orani João Tempesta (Rio de Janeiro) e Dom João Braz de Aviz, que atua na Cúria Romana.
Na América Latina, outros nomes também são cogitados, como os mexicanos Francisco Robles Ortega e Carlos Aguiar Reyes; o cubano Juan de la Caridad García Rodríguez; o guatemalteco Álvaro Ramazzini Imeri e o nicaraguense Leopoldo Brenes. No entanto, entre os latino-americanos, a força da Igreja brasileira, considerada uma das maiores do mundo em número de fiéis, dá peso à possível escolha de um brasileiro.
Com apenas 64 anos, Dom Sérgio reúne juventude em relação aos outros cardeais, experiência em liderança e profunda sintonia com os temas que marcaram o pontificado de Francisco, como a defesa dos pobres, do meio ambiente e o compromisso com uma Igreja mais aberta e próxima das pessoas.
Embora a escolha de um Papa seja sempre imprevisível, cresce nos bastidores do Vaticano a especulação de que a América Latina poderá novamente dar ao mundo o líder da Igreja. E desta vez, com forte possibilidade de que ele fale português.
Se isso acontecer, o Brasil — país com a maior população católica do planeta — poderá finalmente ver um de seus filhos ocupando o trono mais alto da fé católica.