A tão aguardada estreia de Carlo Ancelotti à frente da Seleção Brasileira finalmente aconteceu. Em Quito, diante de um Equador sempre competitivo em seus domínios, o Brasil empatou em 0 a 0, um resultado que, embora modesto, acendeu uma chama de esperança para o futuro da equipe canarinho.
É verdade que o placar não foi empolgante, e que ofensivamente o time ainda deixa a desejar. A criatividade no meio-campo segue sendo um problema crônico, e a ineficiência no ataque preocupa. Vinicius Jr., uma das grandes apostas dessa geração, continua abaixo do que dele se espera. No entanto, há sinais claros de evolução.
Defesa mais sólida, postura mais competitiva
O que se viu em campo foi uma Seleção mais organizada defensivamente, compacta, com boa leitura tática e atitude competitiva, traços marcantes das equipes treinadas por Ancelotti ao longo de sua vitoriosa carreira. Mesmo com pouco tempo de trabalho, o italiano já consegue transmitir uma mentalidade mais séria, focada e equilibrada, o que inspira confiança em jogadores e torcedores.
Ancelotti traz esperança e respeito
A simples presença de um técnico renomado mundialmente como Ancelotti mexe com o ambiente. O peso de sua história — recheada de títulos e de gestões vitoriosas com grandes estrelas, parece dar novo ânimo ao grupo. Há respeito, há escuta, há perspectiva. A Seleção Brasileira volta a ter uma figura no banco que impõe respeito no cenário internacional.
Classificação encaminhada, Neymar ainda é esperança
Com o empate, o Brasil segue bem posicionado nas Eliminatórias, com a classificação para a Copa do Mundo encaminhada. Ainda há tempo e jogos para ajustes. O que falta? Um nome que mude o jogo, que decida, e é impossível não lembrar de Neymar. Se ele quiser voltar a jogar futebol em alto nível, ainda pode ser o grande nome da Seleção.
A estreia foi só um ponto de partida. Mas num momento em que a esperança parecia rarear, ver um Brasil competitivo, bem postado e com potencial de crescimento é, por si só, um bom começo. A caminhada de Ancelotti está só começando, e há motivos para acreditar.