A verdade começa a vir à tona. A Gazeta Bahia, através de matéria publicada em 29 de maio, assinada pelo jornalista Jackson Domiciano, alertou com precisão que a interdição total da ponte sobre o Rio Jequitinhonha, em Itapebi, poderia se tratar de uma estratégia política baseada em fake news. Agora, com a decisão de reabrir parcialmente a ponte para carros pequenos, ônibus e motocicletas, a previsão se confirma, e o jornalismo independente ganha protagonismo na defesa do interesse público.
Jackson esteve in loco, mesmo sob forte chuva, e constatou o que técnicos do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) não disseram, ou esconderam: a ponte não apresentava danos estruturais graves. Conforme relatado na reportagem, não havia rupturas, colapsos ou risco iminente, apenas fissuras superficiais típicas de uma estrutura com décadas de uso.
A interdição da ponte desde o dia 5 de maio, sem apresentação de laudos conclusivos ou movimentação técnica real no local, causou prejuízos incalculáveis à economia e à mobilidade do extremo sul baiano. A população ficou refém de informações desencontradas e descaso técnico, enquanto o governo federal e seus representantes locais demoraram a agir, mesmo diante de uma crise evidente.
A matéria da Gazeta foi além do achismo. Trouxe registro visual e análise objetiva, convidando o leitor a tirar suas próprias conclusões. A suspeita levantada por Jackson de que a interdição teria motivações políticas parece cada vez mais verossímil diante da reativação parcial sem obras efetivas. Afinal, se o tráfego poderia ser liberado agora, por que não foi antes?
O caso é emblemático. Mostra que o jornalismo sério, feito com coragem e responsabilidade, pode romper narrativas fabricadas. E também evidencia o papel da imprensa local como fiscal do poder público e voz da população, especialmente em regiões frequentemente esquecidas por Brasília.
A ponte do Jequitinhonha, além de símbolo de ligação física, tornou-se agora símbolo de um embate maior: o da informação verdadeira contra a manipulação, da responsabilidade pública contra o interesse eleitoreiro.
Parabéns a Jackson Domiciano e à Gazeta Bahia. O jornalismo, mais uma vez, mostrou que quando é feito com seriedade, é ponte, e não barreira para a verdade.