6 de junho de 2025 11:43

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A APLB Eunápolis não tem mais voz

Por Redação – GNBahia

Seis meses após o início da nova gestão municipal, a educação pública de Eunápolis vive um dos momentos mais críticos de sua história recente e, espantosamente, sem reação por parte de quem deveria liderar a resistência: o sindicato dos professores.

A atual secretária de Educação, Jovita Lima, também é figura central na APLB, o sindicato que historicamente foi combativo em defesa dos profissionais da educação. O acúmulo de influência levanta sérias dúvidas sobre a independência da entidade. A sensação generalizada entre os educadores é a de que a APLB foi silenciada por interesses internos, criando um ambiente de apatia sindical mesmo diante do colapso do sistema educacional local.

O caso do CAEEDE, fechado sem justificativa, escancara o descaso da gestão com os alunos que possuem deficiência ou transtornos do espectro autista. A ausência desse serviço essencial impacta diretamente o aprendizado, a saúde emocional das crianças e a rotina das famílias, além de sobrecarregar os professores, que não possuem formação especializada para lidar com tais demandas.

Além disso, há um déficit alarmante de profissionais em diversas áreas, escolas sucateadas, falta de manutenção básica e uma merenda escolar que segue com problemas crônicos de qualidade. O sentimento entre os educadores é de abandono: estão insatisfeitos, pressionados, mas sem o respaldo sindical necessário para reivindicar melhorias, o que em gestões anteriores, geraria paralisações e mobilizações contundentes.

A população, por sua vez, segue sendo informada por veículos de comunicação alinhados ao governo, sem espaço para o contraditório. A realidade, porém, é vivida no cotidiano escolar: alunos sem atendimento, professores exaustos e prédios escolares em condições precárias.

É hora de pais, alunos e educadores romperem o silêncio. Passado o primeiro semestre do ano letivo, o Ministério Público precisa ser acionado para investigar a situação e garantir o direito à educação de qualidade. O que está em jogo é o futuro de milhares de crianças e adolescentes. A omissão não pode ser a resposta.

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