O Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou o emprego da Força Penal Nacional no Conjunto Penal de Eunápolis, no extremo sul da Bahia. A medida tem duração prevista de 30 dias e foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (28).
A operação foi definida como de “caráter episódico e planejado” e tem o objetivo de apoiar na gestão prisional, treinamento e capacitação, conforme o que determina a portaria assinada pelo ministro Ricardo Lewandowski.
Segundo o documento, o apoio logístico e a supervisão dos órgãos de administração penitenciária e de segurança pública ocorrerão de acordo com o convênio de cooperação firmado entre as partes, durante a vigência da portaria.
O número de profissionais que serão disponibilizados ainda será definido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A portaria foi assinada pelo ministro após um motorista que trabalha no Conjunto Penal de Eunápolis ser baleado enquanto dirigia nas proximidades da unidade prisional, no dia 20 de maio.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), a suspeita inicial aponta que o atentado teria como alvo o diretor Jorge Magno Alves, que não estava no veículo.
A Polícia Civil de Eunápolis detalhou que o crime ocorreu por volta das 17h40, na Avenida Alcides Lacerda, no bairro Arisvaldo Reis. Informações iniciais apontam que cinco homens encapuzados e com roupas camufladas usaram um armamento de grosso calibre, incluindo fuzis 7,62 mm e 5,56 mm, no veículo que geralmente era utilizado pelo gestor do presídio.
A vítima, mesmo ferida, conseguiu dirigir por alguns metros até ser socorrida por policiais militares. Ele foi encaminhado ao hospital, passou por cirurgia e está internado, sem risco de morte.
Testemunhas contaram ainda que após o ataque, os criminosos retornaram ao local e atiraram com um fuzil para o alto. A situação causou pânico nos moradores.