É difícil entender a lógica do governador Jerônimo Rodrigues quando se trata de Eunápolis. Anunciado com pompa pelo prefeito como presença confirmada no aniversário da cidade, o chefe do Executivo baiano simplesmente… não apareceu. Nem um vídeo, nem um áudio, nem uma notinha protocolar. O silêncio foi ensurdecedor e, para muitos, revelador.
Não é a primeira vez que o governador demonstra esse estranho distanciamento. Durante a campanha passada, Eunápolis não o escolheu, ACM Neto venceu por aqui e parece que, desde então, Jerônimo guarda mágoas como um adolescente rejeitado no baile da escola. Mas governar não é questão de simpatia pessoal; é compromisso com o povo, inclusive com quem não votou em você.
Para completar, até no aniversário de Neto Carletto, figura influente do seu próprio grupo político, o governador se ausentou. Difícil de defender, mais ainda de explicar. A zona rural segue à míngua, sem uma máquina enviada, sem investimento visível. O sentimento é de abandono, e a impressão que fica é que Jerônimo tem nojo de pisar por aqui.
Talvez o governador precise lembrar que o mandato não é só Salvador, nem só os redutos onde foi bem votado. Eunápolis também faz parte da Bahia e tem memória. Eleitores têm memória. E em 2026, ela costuma ser acionada com força.
Enquanto isso, seguimos esperando: por respeito, por presença, e quem sabe um dia… por um vídeo.