21 de maio de 2025 15:50

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Protesto marca tensão na Associação 3 de Julho: moradores denunciam assembleia ilegal e ameaças

Na manhã de domingo (6), a sede da Associação 3 de Julho foi palco de um protesto inflamado. Membros da entidade e moradores da região se reuniram em frente ao local em repúdio a uma assembleia que, segundo eles, estaria sendo realizada de forma ilegal e sem a presença efetiva dos sócios.

Os manifestantes denunciam uma tentativa de forjar uma ata de reunião, incluindo nomes de pessoas presentes no local como supostos sócios, sem o devido processo legal e sem consulta aos verdadeiros membros da associação. O clima foi de revolta e preocupação com a condução dos rumos da entidade, que representa dezenas de famílias da comunidade.

Em entrevista, o atual presidente da associação, Vagner Tobias, e o coordenador Ado Henrique, relataram uma série de ameaças e perseguições sofridas desde que assumiram a nova diretoria, eleita em 2024. Segundo eles, moradores que apoiam a atual gestão estão sendo intimidados e tendo seus direitos violados, inclusive por meio de violência física e moral.

“As denúncias são graves e crescentes. Já tivemos casos de agressão a mulheres, crianças e idosos. As ameaças são constantes. O que está em jogo aqui não é só uma disputa política, mas o bem-estar e a dignidade de toda uma comunidade”, afirmou Ado Henrique.

O centro do conflito gira em torno do ex-presidente da associação, Raimundo “Caboco”, apontado como o principal opositor da nova diretoria. Segundo os atuais gestores, Caboco é protegido político do ex-vereador e advogado Jota Batista. A situação se agravou após a divulgação de um vídeo, amplamente compartilhado nas redes sociais, onde Raimundo aparece empunhando um facão e tentando atacar membros da nova diretoria.

O caso já é investigado pela polícia e mobiliza também a Justiça. Moradores denunciam que o embate tem motivações mais profundas, envolvendo disputa por terras, interesses econômicos em plantações e recursos financeiros da associação.

A sede da entidade estava fortemente protegida por seguranças privados no momento da manifestação, o que gerou ainda mais revolta entre os moradores. “Parecia mais um banco ou o camarim de algum artista. Nunca vimos esse aparato em nenhuma associação comunitária. Isso tudo só mostra o clima de tensão e a tentativa de blindar o que está sendo feito de forma obscura”, declarou a sócia Ezineide.

A comunidade exige transparência, segurança e o cumprimento da legalidade na gestão da Associação 3 de Julho. O clima segue tenso e os desdobramentos do caso são aguardados com expectativa por toda a região.

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