O vereador Lau, de Valença, denunciou um grave indício de superfaturamento na compra de combustíveis pela Prefeitura, após conseguir na Justiça o acesso a documentos que a gestão municipal se recusava a fornecer. A revelação aponta que o município está pagando valores muito acima dos praticados nos postos da cidade, o que pode configurar uso irregular dos recursos públicos.
Segundo o vereador, enquanto a gasolina comum é vendida a R$ 6,69 em diversos postos da cidade, a Prefeitura está pagando R$ 7,60 por litro, ou seja, R$ 0,91 a mais. Já o óleo diesel, cujo preço médio varia entre R$ 6,09 e R$ 6,19, está sendo pago a R$ 7,40 pela administração municipal — uma diferença que chega a mais de R$ 1 por litro.
“Não existe explicação técnica ou legal para esse tipo de sobrepreço. Precisamos de uma resposta concreta da Prefeitura. Estamos falando do abastecimento de veículos da saúde, da educação, da assistência social. Isso é dinheiro público, é dinheiro do povo”, declarou o vereador.
Lau ressaltou que só teve acesso às informações após entrar com um mandado de segurança na Justiça, já que a Prefeitura não respondeu ao requerimento oficial da Câmara de Vereadores. Ele criticou a postura do Executivo e afirmou que negar informações ao Legislativo fere princípios básicos da administração pública.
“O prefeito não respeitou a solicitação da Câmara. Tivemos que recorrer ao Judiciário para ter acesso a dados que deveriam ser públicos. Isso demonstra resistência à transparência. Todos os vereadores merecem respeito, porque foram eleitos para fiscalizar e defender o que é certo”, disse.
O parlamentar afirmou que não aceitará omissões nem explicações vagas, e cobra um posicionamento imediato da Prefeitura sobre os preços pagos nos contratos. Para ele, o episódio reforça a importância da atuação fiscalizadora dos vereadores e da transparência com os recursos municipais.
O caso ganhou repercussão em Valença e pode levar a novas investigações e medidas legais, caso fique comprovado o superfaturamento. Até o momento, a Prefeitura não se manifestou oficialmente sobre as denúncias.
